16 de julho de 2008

Vamos lá rever isto...



Banco de Portugal baixa crescimento económico para 1,2 por cento

O Banco de Portugal baixou a sua previsão do crescimento económico deste ano para 1,2 por cento, uma diminuição de oito décimas em relação à previsão anunciada em Janeiro e que era de dois por cento.

O boletim económico de Verão sustenta esta revisão em baixa na deterioração de quase todas as componentes macroeconómicas, em particular na forte quebra do investimento, que passa a crescer apenas um por cento, contra os 3,3 por cento apontados em Janeiro passado, da procura interna, que recua para um por cento (era 1,4 por cento no início do ano) e nas exportações (abranda para 4,4 por cento, menos cinco décimas do que em Janeiro).

Ao contrair-se duas décimas, o consumo público poderá ajudar às contas do Estado, mas não contribui para a progressão do PIB. Anteriormente, o Banco de Portugal previa a estagnação dessa variável. No consumo privado, as estimativas dos técnicos do regulador do sector bancário sugerem até uma ligeira aceleração para 1,3 por cento, mais duas décimas do que os 1,1 por cento sugeridos em Janeiro.

O abrandamento das exportações é acompanhado pela expansão das importações, que passam a crescer 3,3 por cento, mais quatro décimas do que na previsão de Inverno.

Quanto aos preços, o Banco de Portugal acompanha a tendência actual e revê em alta a inflação (indicador harmonizado com a Zona Euro, IHPC) para três por cento, contra os 2,4 por cento de Janeiro. O agravamento dos preços dos produtos alimentares, dos transportes e da energia é uma realidade que se acentuou no final do primeiro trimestre e início do segundo e que está traduzida nas novas previsões do banco central.

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15 de julho de 2008

Alternativas ao transporte pessoal...


Preço dos táxis aumentam 5,53 por cento amanhã


Os taxistas só poderão cobrar o aumento de 5,53 por cento na tarifa depois de aferirem os taxímetros, disse hoje à agência Lusa o presidente da federação do sector, na véspera da entrada em vigor dos novos preços.

"Por isso, às 00:00 de terça-feira, quando entrar em vigor o aumento, haverá poucos taxistas a cobrar os novos preços", disse à agência Lusa Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), indicando que o prazo para aferição dos taxímetros termina a 31 de Agosto.

"Até agora, os taxistas podiam cobrar os aumentos servindo-se de uma tabela de conversão mas essa tabela deixou de existir e, para praticarem o novo tarifário, os taxímetros terão de ser aferidos e selados", explicou Carlos Ramos.

O presidente da FPT garantiu assim que a actualização tarifária, "válida para todo o país e realizada por força do aumento do preço dos combustíveis", só entrará oficialmente em vigor "depois dos taxímetros serem aferidos e selados".

Para realizarem a aferição do taxímetro, os taxistas têm se dirigir a técnicos reconhecidos pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), que cobram cerca de 140 euros pelo serviço.

A partir de terça-feira, o preço pago por quilómetro sobe de 0,42 euros para 0,45 euros, enquanto o preço por hora aumenta de 11,99 euros para 13,55 euros.

Este aumento dos preços, o primeiro deste ano, é uma consequência dos efeitos da escalada do preço dos combustíveis que, de acordo como as contas da FPT, aumentaram 25 por cento desde o final de 2007.

Este tarifário será válido até ao final do ano, uma vez que em Janeiro de 2009 entra em vigor uma nova tabela de preços, que começará a ser discutida em Outubro deste ano.

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E continua...



Produtos alimentares e transportes agravam inflação para 3,4 por cento


A inflação homóloga de Junho aumentou seis décimas, para 3,4 por cento, em comparação com o mês precedente, enquanto a inflação média subiu igualmente para 2,7 por cento, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na variação homóloga, contribuíram para o agravamento dos preços, essencialmente, as componentes de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e os transportes. A concorrência entre os três operadores de telecomunicações móveis e fixas tem permitido baixar o preço médio no sector, com efeitos no índice de preços ao consumidor. Esta é a única componente do índice que baixou em Junho, refere o INE.

Um outro dado transmitido pelo organismo de estatística público é que na comparação da variação de Junho com a média das taxas dos três meses anteriores, os produtos alimentares subiram 2,3 pontos percentuais e os transportes, induzidos pelo agravamento dos combustíveis, avançaram 1,1 pontos percentuais.

Retirando os produtos alimentares e energéticos, o indicador de inflação subjacente aumentou 2,3 por cento em valores homólogos, apenas uma décima em relação a Maio.

A análise da evolução mensal aponta para um agravamento dos preços de 0,5 por cento entre Maio e Junho deste ano, sob o efeito dos produtos energéticos, em primeiro lugar, e o peixe e os produtos hortícolas, em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A inflação homóloga registada em Junho (3,4 por cento) aproximou-se do último recorde apurado há dois anos, em Junho de 2006, que foi de 3,5 por cento, mas fica ainda distante dos quatro por cento atribuídos ao conjunto dos 15 países da Zona Euro no mesmo mês. Os produtos alimentares e energéticos têm sido os motores da vaga de subida dos preços que se verificam um pouco por toda a Europa, EUA e Ásia.

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É para isto que se trabalha...



Trinta e cinco por cento dos portugueses pobres têm emprego


Trinta e cinco por cento dos portugueses que vivem numa situação de pobreza têm um emprego, segundo o estudo "Um Olhar Sobre a Pobreza - Vulnerabilidade e Exclusão Social no Portugal Contemporâneo" entregue hoje pelo presidente do Conselho Económico e Social ao Presidente da República.

"Trinta e cinco por cento dos pobres são pessoas que trabalham", afirmou Alfredo Bruto da Costa, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

Para Bruto da Costa, que coordenou o estudo sobre a pobreza em Portugal divulgado no início do mês, "o problema não é aquilo que se faz" para resolver este problema, mas "o que não se faz", considerando que as políticas desenvolvidas pelo Governo para combater a pobreza são eficazes.

Ainda sobre o estudo, o presidente do Conselho Económico e Social sublinhou que este não apresenta receitas para a acabar com pobreza, debatendo antes "o que não resolve" o problema para não desperdiçar recursos. "Aponta pistas porque identifica os problemas estruturais", referiu, assinalando a diferença entre os aspectos estruturais e os conjunturais que estão na origem da pobreza. Como aspectos conjunturais, Bruto da Costa apontou o aumento dos preços. "Mas, há causas mais profundas, que já existiam", acrescentou.

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11 de julho de 2008

Então... o que será???

Segundo a Quercus:

A associação ambientalista considera que "há dois erros na afirmação do primeiro-ministro: a componente ambiental representa 60 por cento e não 70 por cento do cálculo do imposto e um veículo eléctrico está isento dos impostos".

Segundo um comunicado da Quercus enviado hoje à Lusa, "um veículo eléctrico está isento tanto de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação".


Ou seja, estes automóveis não pagam Imposto sobre veículos, nem Imposto Único de circulação...

Segundo o Governo:

O gabinete do primeiro-ministro garantiu à Lusa que os veículos eléctricos "não pagam nem passarão a pagar [impostos automóvel e de circulação]".

"Antes pelo contrário. O Governo está empenhado em criar um regime fiscal ainda mais favorável para os veículos eléctricos", afirmou a mesma fonte.


Agora a minha dúvida é...

Qual será o regime fiscal "ainda mais favorável" do que não pagar impostos?
- Vão baixar o Iva destes automóveis?
- Vão poder deduzir o preço dos automóveis no IRS?

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Mas vai passar a pagar, é???


Sócrates: automóveis eléctricos irão pagar apenas 30 por cento do imposto automóvel


O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Governo está a estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar 30 por cento do actual imposto automóvel.

O anúncio de Sócrates foi feito na cerimónia de assinatura de um memorando entre o Governo e a Renault-Nissan para a comercialização em Portugal de um veículo eléctrico a partir de 2011.

"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse.


Quercus: carros eléctricos estão isentos de imposto automóvel, ao contrário do que disse Sócrates

A Quercus exigiu hoje esclarecimentos ao Governo sobre o pagamento de imposto automóvel nos carros eléctricos, dado que a lei já isenta estes veículos, ao contrário do que diz ter sido a ideia passada pelo primeiro-ministro na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Renault-Nissan para a comercialização de um veículo com essas características em Portugal a partir de 2011.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro afirmou que o Executivo iria estudar um modelo fiscal para permitir que os futuros carros eléctricos, sem emissões poluentes, possam pagar menos do actual imposto automóvel.

"Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente", disse José Sócrates.

A associação ambientalista considera que "há dois erros na afirmação do primeiro-ministro: a componente ambiental representa 60 por cento e não 70 por cento do cálculo do imposto e um veículo eléctrico está isento dos impostos".

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7 de julho de 2008

Ó sr. ministro, vá visitar este estabelecimento também...

É este o resultado da descida do IVA...
IVA baixou...
Preço manteve-se...
O cliente não ganha a diferença... Mas alguém ganha!!!


(Clicar para aumentar)

5 de julho de 2008

Então, toma lá mais um...



Factura da água aumenta este mês com nova taxa

Tarifa de recursos hídricos será cobrada pelas autarquias mas vai reverter para o Estado

Chama-se taxa dos recursos hídricos e aumentará a factura da água a pagar pelos consumidores, já partir deste mês. As empresas que abastecem o Grande Porto trataram de avisar as autarquias. Também a conta da electricidade pode subir.

A Águas de Douro e Paiva e a Águas do Cávado, empresas que abastecem os municípios da Área Metropolitana do Porto, enviaram cartas aos presidentes de Câmara dando conta da nova taxa. São os respectivos serviços municipalizados que deverão cobrar aos consumidores, embora a verba se destine, depois, a uma nova entidade: Área Regional Hídrica.

"Esta taxa de recursos hídricos deverá ser repercutida sobre o consumidor final", lê-se nas missivas enviadas aos autarcas. Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia e administrador da Águas de Douro e Paiva, não esconde a indignação. "Numa altura em que as famílias vivem em dificuldades, esta não é a altura de criar mais uma taxa. O povo não tem dinheiro", contesta, assegurando que quer ver o assunto discutido pela Junta Metropolitana do Porto.

"Por outro lado, quem fica com o ónus de aumentar os preços são as câmaras, embora o dinheiro vá para o Governo", acrescentou o social-democrata.

Segundo o autarca, a taxa divide-se em duas parcelas: uma relativa ao consumo de água (0,0156 euros por cada metro cúbico), outra que diz respeito à quantidade de efluentes tratados nas ETAR (a percentagem será calculada pelas autarquias, de acordo com as fórmulas fornecidas).

Embora a taxa dos recursos hídricos derive de uma directiva comunitária, o autarca entende que o Governo não devia onerar os consumidores, assumindo as despesas inerentes à nova norma, que entrou em vigor este mês.

"Na facturação a emitir a partir do mês de Julho passará a constar a taxa dos recursos hídricos", indica a carta enviada aos autarcas.

A criação daquela taxa tinha sido alvo de um parecer desfavorável por parte da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, porque, entre outras consequências, "promove uma distorção entre utilizadores de recursos hídricos, penalizando muitas das vezes os consumos domésticos".

Também a EDP será afectada pela nova taxa, pela utilização da águas nas barragens, o que deverá agravar, previsivelmente, o preço final para o consumidor. O JN procurou ouvir a empresa, mas não obteve resposta.

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4 de julho de 2008

Ajudar, ma non troppo...


Promessa fiscais de josé sócrates para as familias terão efeitos marginais


As promessas do primeiro-ministro de aumentar as deduções fiscais relativas a despesas com habitação e de reduzir as taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) deverão ter um resultado nulo ou pouco significativo nos bolsos dos contribuintes.
(...)
As estatísticas de IRS de 2006 e a própria lei permitem verificar, no entanto, que o aumento não terá resultados significativos, uma vez que, em média, as famílias com rendimentos mais baixos já não pagam IRS.
(...)
Nestes três escalões encontram-se 2,5 milhões de famílias, de um total de 4,3 milhões que entregaram declaração em 2006. Segundo essas estatísticas, apenas pouco mais de um milhão utilizou a dedução dos encargos com compra de habitação em 2006, tendo deduzido 447 milhões de euros. Ou seja, mesmo que este milhão de famílias estivesse dentro dos três escalões mais baixos, a poupança nunca ultrapassaria 14 euros mensais.
(...)
Alguém ganha com o IMI?

Actualmente existem duas bandas de taxas de IMI. Uma entre 0,2 e 0,5 por cento e aplica-se aos prédios novos ou transaccionados a partir de 2003; e outra entre 0,4 e 0,8 por cento para os restantes prédios. Dentro destas bandas cada município define a taxa.
A promessa do primeiro-ministro é de que irá reduzir estas taxas, mas a medida pode não ter grandes efeitos. Primeiro, porque a lei já isenta de IMI as famílias que preencham duas condições: que tenham um rendimento anual inferior a cerca de 10 mil euros e cuja casa não tenha um valor patrimonial superior a cerca de 50 mil euros. Ou seja, estes contribuintes não irão sentir qualquer diferença.
A lei permite ainda outra isenção. As casas cujo valor patrimonial seja inferior a 157.500 euros estão isentas por seis anos e as casas entre 157.500 e 236.250 euros estão isentas por três anos. Como por lógica os contribuintes de rendimentos mais baixos compram casas de valor mais reduzido, a grande maioria goza de isenção, logo, enquanto a mantiverem, não sentirão a redução de taxas.
Assim, apenas beneficiarão os contribuintes que já perderam a isenção e todos os que compraram casas de valor mais elevado. Refira-se que, segundo números publicados pelo Jornal de Negócios, 70 por cento das casas transaccionados entre 2004 e Janeiro de 2006 estavam isentas de IMI.
Mas mesmo os contribuintes sem qualquer isenção poderão não sentir a redução de taxas uma vez que são as câmaras a fixá-las e muitas delas já aplicam valores abaixo do limite máximo. Analisando os 10 concelhos mais populosos do país, verifica-se que apenas três aplicam as duas taxas máximas (0,8 e 0,5 por cento). Lisboa, por exemplo, aplica uma taxa de 0,7 e 0,4 por cento. Logo, se o Governo vier a descer os limites máximos para 0,7 e 0,4 por cento, os munícipes de Lisboa não notarão qualquer alteração.

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Nada que não desconfiassemos...


Salários Portugueses são dos que mais desceram

O que muitos portugueses já sentem no dia-a-dia foi confirmado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE): que os salários dos lusos caíram 2,6% em 2006. O relatório confirma uma realidade partilhada por muitos dos cidadãos nacionais que, segundo a mesma fonte, foram os que mais perderam em termos de remuneração do total de nações da OCDE. Mas as más notícias não se ficam por aqui. O mesmo documento avança que a média dos vencimentos recebidos, por ano, pelos portugueses é menos de metade do que o dos residentes nos restantes países da zona euro.

Salários dos mais baixos

Contas feitas, 11 616 euros é quanto somou, em média, o salário dos lusos no ano de 2006. Um valor muito aquém dos 25 290 euros auferidos nos países da OCDE e dos 24 666 dos países da União Europeia. Pior do que nós estão apenas a Hungria, República Checa, Polónia e Eslováquia. Do lado oposto da balança estão países como a Suíça, onde vale a pena trabalhar, já que o salário médio anual recebido chega aos 38 435 euros. No segundo e terceiros lugares do top encontram-se, sem surpresa, o Luxemburgo (37 554 euros) e a Dinamarca (35 635).

Mulheres ganham menos

Como se não bastasse ser dos países com salários mais baixos, Portugal vai ainda ter de enfrentar, segundo a OCDE, um aumento no desemprego no decorrer deste ano e no próximo. As previsões apontam para um milhão de pessoas sem trabalho na OCDE, com a taxa de desempregados a chegar, em 2009, aos 6%. E Portugal é destacado como um dos Estados mais afectados. O relatório dá ainda conta
da discriminação sentida pelas mulheres no que diz respeito ao trabalho. Por cá, a taxa de emprego das portuguesas foi 20% mais baixa do que a dos homens nos primeiros três meses deste ano. O desequilíbrio marca o mercado de trabalho, avança a OCDE, não só no que diz respeito ao acesso, mas também nas remunerações.

A vida não está também fácil para os jovens portugueses. É que, de acordo com a OCDE, Portugal é o país onde os jovens levam mais tempo a conseguir um emprego. Em média, cerca de 70% dos jovens continuam sem trabalho um ano após o fim do curso .

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1 de julho de 2008

É isto o parlamento europeu???



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É tudo para ajudar...


Metro aumenta cinco cêntimos

O preço dos bilhetes do Metropolitano de Lisboa vai aumentar 5 cêntimos a partir de terça-feira, dia 1 de Julho, passando a custar 80 cêntimos. Também no Porto, tal como o JN já tinha noticiado na semana passada, os preços dos bilhetes da STCP e da Metro vão subir.
A STCP vai aumentar o preço das suas senhas em 10 cêntimos e no caso do andante a subida de preço dos títulos ocasionais fica-se pelos cinco cêntimos.

"O aumento máximo de referência dado pelo Governo foi de 5,83% para os transportes colectivos, ficando no caso do Metro por "um aumento médio de 5,49% para todos os bilhetes, incluindo o bilhete simples" referiu uma fonte do Metropolitano de Lisboa.

Anteriormente já se tinha verificado um aumento em Janeiro deste ano, outro em 2007 e dois intercalares no ano de 2006, nos meses de Janeiro e Junho.

Também as operadoras privadas vão proceder a ajustamentos dos respectivos tarifários, conforme foi anunciado.

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23 de junho de 2008

Ontem, hoje e amanhã...


Economia regista crescimento mais baixo desde a recessão de 2003

Indicadores de Maio revelam desaceleração em toda a linha e antecipam dificuldades na segunda metade deste ano.

A economia portuguesa está a perder força este ano, numa tendência que deverá manter-se, mostram vários indicadores publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, Banco de Portugal e Governo. O primeiro semestre vai ser “fraco”, o resto do ano inspira pouca confiança e 2009 é uma incógnita, tendo em conta a forte travagem dos maiores parceiros comerciais, observam os economistas.

“Teremos um primeiro semestre fraco. No primeiro trimestre crescemos 0,9% e no segundo, tendo em conta os indicadores mais recentes, não devemos crescer mais do que isso”, diz a economista Paula Carvalho, do Banco BPI. “Junho não será um mês bom, não só pelas manifestações e feriados, mas também pela alteração da postura do BCE, que ameaça agora subir os juros”, explica.

Segundo os indicadores publicados na passada sexta-feira, relativos ao mês de Maio, a economia portuguesa está a evoluir a um ritmo homólogo de 0,4%, o mais baixo desde finais de 2003 (ano de recessão). A confiança dos consumidores está em valores mínimos, vende-se cada vez menos cimento, menos combustíveis, menos veículos comerciais ligeiros. Os indicadores que antecipam a evolução das exportações já estão no vermelho devido à quebra da procura externa dirigida às empresas nacionais. “Se a conjuntura está a piorar lá fora é garantido que o mesmo acontecerá em Portugal, por muito boa vontade que haja em minimizar a situação”, diz Henrique Medina Carreira, ex-ministro das Finanças.

O mercado de trabalho, que costuma reagir mais tarde às crises, também já vacila. João Cantiga Esteves, professor de Economia no ISEG, admite estar alarmado com o “rápido declínio do poder de compra das famílias”. “Se as pessoas consumirem menos, como se convence os empresários de que vale a pena investir e criar empregos no mercado interno?”, pergunta.

Em Portugal, o endividamento das famílias – 129% do rendimento disponível, o segundo mais alto da zona euro – está num máximo histórico. Combinado com a actual moderação salarial, está a levar cada vez mais pessoas a cortarem no consumo para conseguirem pagar as prestações bancárias.


Um final de ano difícil
A OCDE, que no início deste mês cortou quatro décimas ao crescimento português de 2008 e 2009 – para 1,6% e 1,8%, respectivamente – espera que a situação se deteriore este ano. Em 2008, diz a instituição sedeada em Paris, as exportações líquidas – o saldo entre exportações e importações – deverão roubar pontos ao crescimento, o que não acontecia desde 2005. Esta tendência já se verificou no primeiro trimestre deste ano.

Para a economista Paula Carvalho “existe o risco de a economia continuar a desacelerar no segundo semestre para níveis ainda mais fracos”. Isto porque “todos os factores negativos têm tido tendência a agravar-se: o preço do petróleo continua em máximos, as taxas de juro estão em níveis muito penalizadores para as famílias. É possível que as previsões de crescimento para este ano que apontam para valores entre 1,4% e 1,8% tenham que ser revistas em baixa.” O Governo prevê 1,5%.


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17 de junho de 2008

É só repetir até dar o que eles querem...

Líderes europeus não parecem dispostos a abandonar Tratado de Lisboa Hipótese de forçar novo referendo na Irlanda ganha força

Um dia depois da bomba lançada sobre a União Europeia pela vitória do “não” no referendo irlandês ao Tratado de Lisboa, os líderes europeus não parecem dispostos a abandonar o documento que acordaram em Outubro passado e são cada vez mais os que admitem a hipótese de convencer Dublin a repetir a consulta.

(...)

“O processo de ratificação irá até ao fim e durante este tempo devemos dar tempo de reflexão aos irlandeses, saber se mediante [a satisfação de] pedidos específicos da sua parte eles podem voltar a votar”, sintetizou Jean-Pierre Jouyet, secretário dos Assuntos Europeus francês, dizendo que “não há outra solução” para a entrada em vigo do tratado.

Esta não é uma situação inédita na história da UE. No início da década de 1990, a Dinamarca aprovou a ratificação do Tratado de Maastricht numa segunda votação, depois de ter obtido uma cláusula que lhe permitia não aderir ao euro. Em 2002, a Irlanda votou pela segunda vez o Tratado de Nice, depois da vitória do “não” num primeiro referendo ter colocado em causa o alargamento da UE a Leste.

Há quem lembre ainda que o Tratado de Lisboa retoma, no essencial, a Constituição europeia, rejeitada em referendo por holandeses e franceses, em 2005.

Esta estratégia arrisca-se, no entanto, a ser vista como uma nova tentativa dos líderes europeus para ignorar o voto popular, aumentando o fosse entre as instituições e os cidadãos.

“Bruxelas pode dizer que a Irlanda vai acabar por dizer ‘sim’ se todos os outros tiverem ratificado o tratado, mas há muitos irlandeses que votaram ‘não’ na primeira vez e que não se deixarão convencer em contrário numa segunda vez”, avisa Dominik Hierlemann, especialista em questões europeias da Fundação Bertelsmann, insistindo que, antes de mais, a UE “deve tornar-se mais democrática e eficaz”.

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A matriz social da União Europeia...



Ministros europeus chegam a acordo para prolongar semana de trabalho até às 65 horas


Depois de quatro anos de negociações, os ministros europeus aprovaram hoje a Directiva do Tempo de Trabalho, chegando a acordo sobre a possibilidade de prolongar a semana de trabalho das actuais 48 horas até às 65 horas, se assim o entenderem o funcionário e a empresa. O documento ainda tem de ser votado no Parlamento Europeu.

A directiva, cuja aprovação ficou marcada pela abstenção de cinco países, fixa a semana de trabalho na União Europeia num máximo de 48 horas. Em Portugal vigora um máximo de 40 horas. No entanto, é permitido que este máximo possa ser alargado até às 65 horas.

Este documento não abrange os contratos com menos de dez semanas de duração.

A Comissão Europeia já saudou o acordo político. “Este é um grande passo em frente para os trabalhadores europeus e reforça o diálogo social. Mostra, mais uma vez, que a flexisegurança pode ser posta em prática”, comentou o comissário europeu para o Emprego, Vladimir Spidla.

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Impressionante!!!


Manifestação da CGTP: "Não me impressionam os números", diz José Sócrates

A mim impressiona-me que uma pessoa deste calibre ainda seja o primeiro ministro de Portugal.
Impressiona-me como é que ainda há portugueses que o apoiam.
Impressiona-me como é que há tantos trabalhadores a recibos verdes, sem qualquer vinculo, sem segurança nos seus contratos laborais.
Impressiona-me o cada vez maior número de desempregados.
Impressiona-me o escasso número de médicos que existe para cada cidadão.
Impressiona-me o tempo que tem que se esperar por cuidados médicos.
Impressiona-me que tenha que se fazer viagens longas à procura de uma maternidade.
Impressiona-me o preço da educação.
Impressiona-me a inflação que não para de subir.
Impressiona-me o lucro dos bancos.
Impressiona-me o baixo salário da generalidade dos trabalhadores.
Impressiona-me o aumento do preço dos alimentos.
Impressiona-me o aumento do preço dos combustíveis.
Impressiona-me o lucro das gasolineiras.
Impressiona-me a falta de apoio ao arrendamento para jovens.
Impressiona-me o aumento das taxas de juro.
Impressiona-me o lucro das construtoras.
Impressiona-me o rico cada vez mais rico.
Impressiona-me o pobre cada vez mais pobre.
Impressiona-me a exploração do homem pelo homem.
Por isso é normal que, com tanto motivo para se impressionar, não se impressione com os 200.000 Portugueses.
Aliás, mesmo que lá estivessem 10 milhões era igual.
O que ele quer saber é só dele e dos seus afilhados...

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É para isto que se aperta o cinto...



Desemprego e inflação vão subir, crescimento ainda menor em 2008

A este ritmo Portugal deverá divergir na expansão económica dos restantes países da Zona Euro. Debilidades estruturais tornam o nosso país muito vulnerável à actual crise internacional

O cenário parece desanimador.

A inflação e o desemprego vão aumentar, enquanto a previsão do crescimento (PIB) da economia portuguesa foi ontem revisto em baixa pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A expansão da economia portuguesa está antecipada para os 1,6%, menos 0,4% do que a projecção de Dezembro, e também para 2009 a OCDE cortou de 2,2 para 1,8%. A organização estima que a taxa de desemprego se situe nos 7,9%. A confirmar-se a perspectiva da OCDE, Portugal fica 0,7% acima da media da Zona Euro. A par do desemprego, a organização espera dificuldades para as famílias portuguesas. A inflação vai subir para 3% e a poupança dos particulares deve voltar a baixar.
Divergência.
Todos estes indicadores diferem das previsões do Governo. Em relação ao PIB é um pouco mais optimista, uma vez que o Executivo previra, nas Grandes Opções do Plano para 2009 divulgadas a 15 de Maio, que este cresça 1,5%. Na altura o Executivo antecipou a inflação a 2,6% e o desemprego acrescerá em 2008 próximo da média europeia (0,1% abaixo dos parceiros do euro), mas 2009 deverá ser outra vez ano de divergência.

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Velhas oportunidades...


Abandono escolar agravou-se em 2006


As políticas de combate ao abandono escolar não estão a funcionar. Em 2006, Portugal não só não conseguiu reduzir essa estatística negra do sistema de ensino, como assistiu mesmo ao seu agravamento: a percentagem de jovens que saíram precocemente da escola e cujo nível de estudos não ultrapassa o 9º ano de escolaridade subiu de 38,6%, em 2005, para 39,2%.

Os últimos dados do Eurostat, compilados pelo Observatório do Emprego no estudo Aspectos Estruturais do Mercado de Emprego, revelam ainda outra realidade desencorajadora. Apesar de ter havido uma contenção de três pontos no abandono escolar, ao longo dos últimos seis anos, "a taxa portuguesa continua a ser mais do dobro da verificada para a média da União Europeia". E isto é verdade para as sucessivas configurações comunitárias: a 15 estados, 25 ou a 27.

Os indicadores para a UE a 25 revelam uma taxa de abandono escolar de 15,1%; para a UE a 27 assinalam uma taxa de 15,4%; enquanto que para os Quinze, o valor sobe para 17%.

Ou seja, se é verdade que as coisas já não estão exactamente no ponto em que estavam na década de 90, outros países europeus estão igualmente a fazer esforços para combater o insucesso escolar e alguns têm sido mais eficazes do que Portugal nessa tarefa, dificultando o processo de convergência.

Estes resultados ameaçam inviabilizar o cumprimento das metas traçadas pelo Governo tanto no Plano Nacional de Acção para o Abandono Escolar (PNAPAE), como no plano nacional de emprego. Neste último, o Governo propunha-se reduzir a saída precoce do sistema de ensino para 30% até 2008 e para 25% até 2010. E aumentar a percentagem de jovens com o ensino secundário para 65% até 2010. Atendendo a que já estamos quase em 2008, e que os progressos dos últimos quatro anos não têm ido além de um ponto por ano, é praticamente impossível recuperar dez pontos em pouco mais de um ano.

Todas as apostas do Governo centram-se agora no relançamento dos cursos técnico-profissionais e na reforma no sistema de formação profissional, que passa por cursos de certificação escolar e profissional.

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Sócrates no país das maravilhas...


Portugal é o país da UE com mais desigualdades na distribuição de rendimentos

Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal.

O relatório é o principal instrumento que a Comissão Europeia utiliza para acompanhar as evoluções sociais nos diferentes países europeus. Os indicadores de distribuição dos rendimentos mostram que os países mais igualitários na distribuição dos rendimentos são os nórdicos, nomeadamente a Suécia e Dinamarca.

"Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos.

Contudo, se forem comparados os coeficientes de igualdade de rendimentos dos Estados-membros com o respectivo PIB (Produto Interno Bruto) por habitante constata-se que os países como um PIB mais elevado são, na sua generalidade, os mais igualitários.

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